quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Inquérito apura suicídio de pai que virou ativista após filho se matar por bullying



Um pai que virou ativista contra a prática de bullying após o suicídio do filho adolescente deixou um bilhete de despedida no Facebook e também se matou, de acordo com informações obtidas durante um inquérito na Grã-Bretanha. 



Roger Crouch, de 55 anos, foi encontrado pela esposa, Paola, após ter se enforcado na garagem de sua casa, no dia 28 de novembro do ano passado.

A investigação sobre sua morte concluiu, esta semana, que Roger nunca havia superado a dor do suicídio de Dominic, seu filho de 15 anos, um ano e meio antes.

A morte do rapaz, que teria sofrido com rumores de que era gay, fez com que Roger se tornasse uma figura importante nas campanhas contra o bullying no país, recebendo inclusive o prêmio de herói do ano da ONG Stonewall, de defesa de Lésbicas, Gays e Bissexuais, em 2011.

Depressão

Segundo a esposa de Roger e mãe de Dominic, Paola Crouch, o marido continuou a sofrer variações de humor e surtos de depressão devido ao suicídio do filho.

'Havia muita morte em sua vida', disse ela.

Ao ouvir o depoimento de psiquiatras que disseram que seu marido havia sido 'tomado pela dor', Paola disse: 'Acho que é o que se poderia chamar, de uma forma antiquada, de um coração partido.'

Antes de se enforcar, Roger deixou uma mensagem no Facebook que dizia: 'Au Revoir (Até a vista, em francês), Adeus - ou talvez À Bientôt (Até logo, em francês).'

Durante a audiência sobre a morte dele, o responsável pelo inquérito, David Dooley, mencionou a campanha de Roger Crouch contra o bullying.

'Claramente, ele se dedicou muito à campanha por seu filho e por outros que teriam sofrido com bullying. Mas, no fim, ele acabou tomado pela dor devido à morte de seu filho. De acordo com as evidências, tenho certeza de que ele decidiu por fim à própria vida.'

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