Um
pai que virou ativista contra a prática de bullying após o suicídio do
filho adolescente deixou um bilhete de despedida no Facebook e também se
matou, de acordo com informações obtidas durante um inquérito na
Grã-Bretanha.
Roger
Crouch, de 55 anos, foi encontrado pela esposa, Paola, após ter se enforcado na
garagem de sua casa, no dia 28 de novembro do ano passado.
A
investigação sobre sua morte concluiu, esta semana, que Roger nunca havia
superado a dor do suicídio de Dominic, seu filho de 15 anos, um ano e meio
antes.
A morte do
rapaz, que teria sofrido com rumores de que era gay, fez com que Roger se
tornasse uma figura importante nas campanhas contra o bullying no país,
recebendo inclusive o prêmio de herói do ano da ONG Stonewall, de defesa de
Lésbicas, Gays e Bissexuais, em 2011.
Depressão
Segundo a
esposa de Roger e mãe de Dominic, Paola Crouch, o marido continuou a sofrer
variações de humor e surtos de depressão devido ao suicídio do filho.
'Havia
muita morte em sua vida', disse ela.
Ao ouvir o
depoimento de psiquiatras que disseram que seu marido havia sido 'tomado pela
dor', Paola disse: 'Acho que é o que se poderia chamar, de uma forma antiquada,
de um coração partido.'
Antes de se
enforcar, Roger deixou uma mensagem no Facebook que dizia: 'Au Revoir (Até a
vista, em francês), Adeus - ou talvez À Bientôt (Até logo, em francês).'
Durante a
audiência sobre a morte dele, o responsável pelo inquérito, David Dooley,
mencionou a campanha de Roger Crouch contra o bullying.
'Claramente,
ele se dedicou muito à campanha por seu filho e por outros que teriam sofrido
com bullying. Mas, no fim, ele acabou tomado pela dor devido à morte de seu
filho. De acordo com as evidências, tenho certeza de que ele decidiu por fim à
própria vida.'
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